Uma das particularidades de Mercúrio, o segundo menor planeta do sistema solar e o mais próximo do Sol, é sua difícil visualização. Os antigos pensavam tratar-e de dois planetas, porque Mercúrio era observado ora em uma posição no céu, ora em outra. De sua superfície, o Sol seria quase três vezes maior do que quando visto da Terra. Por ser o planeta de translação mais veloz- seu ano dura 88 dias- os gregos chamaram-no de Hermes, o mensageiro do Olimpo. Mercúrio, para os romanos, é o correspondente do deus Hermes.
O MAIS PERTO DO SOL
Dois contrastes marcam Mercúrio: a curta duração do ano em relação ao seu longo dia- o planeta leva 59 dias terrestres para completar uma volta em torno de si- e a grande diferença de temperatura entre o dia e a noite.
Com diâmetro de 4.878 km, Mercúrio descreve uma órbita tão elíptica ao redor do Sol que, em seu ponto mais próximo- chamado periélio- chega a ficar a apenas 45,9 milhões de quilômetros de estrela. já a distância em seu ponto mais afastado-afélio- corresponde a aproximadamente 70 milhões de quilômetros. Em média, situa-se a 57,9 milhões de quilômetros do Sol.
Mercúrio completa uma volta ao redor do Sol em 88 dias. A curta duração do ano contrasta com o longo tempo que o planeta leva para dar um giro em torno de si mesmo. Um dia em Mercúrio equivale a quase 59 dias terrestres. Devido ao seu lento movimento de rotação, acreditou-se por muito tempo que o planeta mantivesse uma mesma face voltada para o Sol, enquanto a outra permanecia sempre escura.
Como possui atmosfera muito tênue, o planeta é incapaz de reter calor. Em consequência, Mercúrio apresenta enorme variação de temperatura. Na face iluminada, a superfície chega a registrar 350°C. No lado escuro, a temperatura despenca para -150°C. A fina camada gasosa contém traços de hidrogênio, hélio e sódio, entre outros. Há dúvidas sobre a origem desses elementos. Especula-se se eles afloraram do interior do planeta ou foram capturados do vento solar.
MISSÃO MARINER
EM seus primórdios, estima-se que Mercúrio apresentava um denso núcleo metálico. O planeta teria se formado em torno desse núcleo, após agregar poeira cósmica e outros corpos menores. As altíssimas temperaturas geraram correntes de lava que cobriram a crosta mais antiga, enquanto choques de corpos celestes contribuíram na modelagem do relevo.
A maior parte dos dados conhecidos de Mercúrio foi obtida pela sonda espacial Mariner 10, lançada pelos Estados Unidos em 1973 e que visitou o planeta entre 1974 e 1975. As imagens mostram um relevo parecido com o da Lua, com depressões, vales e crateras, provavelmente resultantes de choques de meteoritos que atravessavam sua incipiente atmosfera e colidiam contra a superfície.
O tamanho das crateras varia de cem metros a 1.300 km. A maior delas é chamada de Bacia Caloris, e acredita-se que seja proveniente do choque com um corpo celeste de mais de cem quilômetros de extensão. No planeta existem, ainda, grandes cadeias de montanhas, com altitudes de até 3 mil metros.
MUNDO DE CRATERAS- A superfície de Mercúrio é marcada pelas colisões de corpos celestes. O relevo apresenta regiões regiões de depressões, vales e cadeias montanhosas.
MERCÚRIO
Distância média do Sol: 57,9 milhões de km
Diâmetro: 4.878 km
Variação da temperatura na superfície: de -150°C a 350°C
Rotação: 59 dias
Translaçao: 87,9 dias
Satélites: não tem